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A classificação pode ser definida como a reunião de objetos ou seres com características semelhantes e a separação das não afins. Essa definição foi criada em 1961, quando James Duff Brown, bibliotecário nascido em Edimburgo, na Escócia, um dos primeiros a escrever livros sobre biblioteconomia e o criador do único sistema de classificação geral da Inglaterra, estabeleceu que a classificação nada mais é do que um processo mental constantemente executado de forma consciente e inconsciente por qualquer ser humano, ainda que não reconhecido como tal. A mente humana classifica objetos consciente ou inconscientemente para todos os tipos de propósito. Essa classificação perpassa pelas distinções das características comuns dos objetos até ao agrupamento de seres que desenvolvem entre si características próprias dentro de determinado grupo.
Esse processo mental era praticado por alguns filósofos gregos como Aristóteles, um dos pioneiros na introdução do processo de classificação do conhecimento humano sob as bases filosóficas. Nunes sustenta que Aristóteles se utilizou de três critérios para classificar os saberes: critério da ausência ou presença do homem nos seres investigados, critério da imutabilidade e critério da modalidade prática. Essa classificação relaciona-se à divisão dicotômica dos objetos em gênero e espécie. Trata-se de uma hierarquização conceitual que divide um tema geral em espécies a partir da aplicação de uma característica classificatória. Posteriormente, na tentativa de organizar o conhecimento, surgiram vários tipos de classificações. A partir do século XVII, as classificações se dividiram em filosóficas e bibliográficas.
Piedade define a classificação filosófica "como as criadas pelos filósofos, com a finalidade de definir, esquematizar e hierarquizar o conhecimento, preocupados com as ordens das coisas". Dentre elas, merece destaque, a classificação baconiana, considerada uma das mais influentes nas diversas tentativas feitas para classificar o conhecimento.
Piedade ainda define a classificação bibliográfica "como sistemas destinados a servir de base à organização de documentos nas estantes, em catálogos, em bibliografias etc." Dentre os sistemas de classificação bibliográficas, destacam-se as de Dewey, Bliss, Cutter, Ranganathan, dentre outras.